Mapas do Brasil

Como se forma o mapa de um país?
Para que possam ser feitos estudos mais detalhados sobre os diversos aspectos de um país é preciso dividi-lo em regiões, e no caso do Brasil, que é imenso e rico em recursos naturais, esse estudo e caracterização das regiões é extremamente importante. A esse tipo de divisão damos o nome de divisão política e administrativa, que no caso do Brasil nem sempre foi a mesma. Para lembrarmos um pouco da história, nosso país já teve divisões por donatarias, capitanias hereditárias, províncias e finalmente formaram-se os estados e municípios que conhecemos até hoje.
Quem elabora essa divisão é o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, com o objetivo principal de viabilizar a agregação e a divulgação de dados estatísticos.
Como houveram grandes transformações no espaço brasileiro entre as décadas de 50 e 60, uma nova divisão em macrorregiões foi elaborada em 1970, definindo as seguintes regiões: Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste, que permanecem em vigor até o momento. Nessas regiões estão distribuídos os 26 estados.
Estudo do relevo
Um aspecto importante a ser estudado é o relevo. Uma das primeiras classificações do relevo brasileiro, identificou oito unidades e foi elaborada na década de 1940 pelo geógrafo Aroldo de Azevedo. No ano de 1958, essa classificação tradicional foi substituída pela tipologia do geógrafo Aziz Ab´Sáber, que acrescentou duas novas unidades de relevo. Mas essa ainda não foi a definitiva… A classificação aceita atualmente foi elaborada em 1995, pelos estudos do geógrafo e pesquisador Jurandyr Ross, do Departamento de Geografia da USP. Seu estudo fundamenta-se no grande projeto Radambrasil, que tirou várias fotos da superfície do território brasileiro, através de um sofisticado radar acoplado em um avião. Jurandyr Ross estabelece 28 unidades de relevo, que podem ser divididas em planaltos, planícies e depressões. Observe o que representam cada uma delas:
Planaltos : superfícies com elevação e aplainadas , marcadas por escarpas onde o processo de desgaste é superior ao de acúmulo de sedimentos.
Planícies : superfícies relativamente planas, onde o processo de deposição de sedimentos é superior ao de desgaste.
Depressão Absoluta : região que fica abaixo do nível do mar.
Depressão Relativa: fica acima do nível do mar. A periférica paulista, por exemplo, é uma depressão relativa.
Montanhas: elevações naturais do relevo, podendo ter várias origens , como falhas ou dobras.

Pontos Culminantes do Brasil:
Pico da Neblina                 Serra Imeri (Amazonas)                                3.014 m

Pico 31 de Março              Serra Imeri (Amazonas)                                2.992 m

Pico da Bandeira               Serra do Caparaó  (Espírito Santo/Minas Gerais)                  2.890 m

Pico Roraima                      Serra Pacaraima (Roraima)           2.875m

Pico Cruzeiro                      Serra do Caparaó (Espírito Santo)   2.861 m

O relevo do brasileiro tem formação muito antiga que tem origem principalmente nas atividades internas do planeta Terra e de vários ciclos climáticos. A erosão, por exemplo, foi provocada pela mudança constante de climas úmido, quente, semi-árido e árido. Outros fenômenos da natureza, como por exemplo, ventos e chuvas, também contribuíram no processo de erosão.
Estudo do Clima
Para entender melhor esse processo vamos estudar também a variação climática do Brasil:
Por ter diversidade nas formas de relevo, altitude e dinâmica das correntes e massas de ar, encontramos também grande variedade de clima. Para classificar um clima, os pesquisadores consideraram fatores como: temperatura, umidade, massas de ar, pressão atmosférica, correntes marítimas e ventos, entre outras características. A classificação mais utilizada para os diferentes tipos de clima do Brasil assemelha-se a criada pelo estudioso Arthur Strahler, que se baseia na origem, natureza e movimentação das correntes e massas de ar. Veja abaixo a classificação dos climas no Brasil:
Clima Subtropical: presente na região sul dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Caracteriza-se por verões quentes e úmidos e invernos frios e secos. Chove muito nos meses de novembro a março. O índice pluviométrico anual é de, aproximadamente, 2000 mm. As temperaturas médias ficam em torno de 20º C. Recebe influência, principalmente no inverno, das massas de ar frias vindas da Antártida.
Clima Semi-árido: presente, principalmente, no sertão nordestino, caracteriza-se pela baixa umidade e pouquíssima quantidade de chuvas. As temperaturas são altas durante quase todo o ano.
Clima Equatorial: encontra-se na região da Amazônia. As temperaturas são elevadas durante quase todo o ano. Chuvas em grande quantidade, com índice pluviométrico acima de 2500 mm anuais.
Clima Tropical: temperaturas elevadas, presença de umidade e índice de chuvas de médio a elevado.
Clima Tropical de altitude: ocorre principalmente nas regiões serranas do Espirito Santo, Rio de Janeiro e Serra da Mantiqueira. As temperatura médias variam de 15 a 21º C. As chuvas de verão são intensas e no inverno sofre a influência das massas de ar frias vindas pela Oceano Atlântico. Pode apresentar geadas no inverno.
Clima Tropical Atlântico: presente, principalmente, nas regiões litorâneas do Sudeste, apresenta grande influência da umidade vinda do Oceano Atlântico. As temperaturas são elevadas no verão (podendo atingir até 40°C) e amenas no inverno (média de 20º C). Em função da umidade trazida pelo oceano, costuma chover muito nestas áreas.
Estudo da Vegetação
O clima influência a vegetação e por isso a diversidade de climas propicia também que o Brasil tenha vegetação exuberante e variada, formando biomas – que é a classificação utilizada pelos biólogos para caracterizar principalmente tipos específicos de vegetação. Segundo dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e estatística, o Bioma Amazônia e o Bioma Pantanal ocupam juntos mais de metade do território brasileiro. 
Estudo da Hidrografia
Bacias hidrográficas são regiões geográficas formadas por rios que deságuam num curso principal de água. Os rios são fundamentais para manutenção da vida e atividades econômicas em uma cidade, irrigando terras agrícolas, abastecendo reservatórios de água urbanos, fornecendo alimentos e produzindo energia elétrica.
No Brasil geralmente os rios têm origem em regiões não muito elevadas, com exceção do rio Amazonas e alguns de seus afluentes que nascem na cordilheira dos Andes.
A energia hidráulica é a fonte primária de geração de eletricidade mais importante do Brasil.

Curiosidades
Ø  A rede hidrográfica brasileira é a mais extensa do planeta, com 55.457km2;
Ø  Os oceanos, assim como o continente, possuem relevo, ou seja, irregularidades na superfície;
Ø  Segundo publicação da revista Nature, ao longo dos últimos 24 milhões de anos, a vegetação permitiu evitar uma glaciação total na Terra

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