DO PAPEL DAS COMUNIDADES TRADICIONAIS E DOS POVOS ORIGINÁRIOS NA TRANSFORMAÇÃO DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.
O papel das comunidades tradicionais e dos povos originários
na transformação do espaço geográfico é muito importante, pois
eles contribuem para a manutenção da biodiversidade, das pai-
sagens naturais e do equilíbrio ecológico nos espaços que habi-
tam. Eles também possuem uma relação de respeito e dependência
com os recursos naturais, que usam de maneira sustentável para
sua sobrevivência física, cultural, econômica e política.
Os povos originários e as comunidades tradicionais são popu-
lações que possuem fortes laços com o lugar que habitam histori-
camente e dele dependem diretamente para sua subsistência. No
Brasil, eles são representados por: quilombolas, caiçaras, comuni-
dades indígenas, núcleos de colonização imigrantes, agricultores
familiares, pescadores tradicionais, entre outros.
Os povos originários do Brasil possuem uma grande diversida-
de. Vivem em seus territórios pelo país. São povos que vivem: no
litoral, em florestas, no Cerrado e algumas comunidades habitam
ambientes urbanos. Segundo o Decreto 6.040/2007, eles são grupos culturalmente
diferenciados que têm suas próprias formas de organização social e
que usam os territórios e recursos naturais como condição para sua
reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica.
Eles são reconhecidos pela Política Nacional de Desenvolvi-
mento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT)
e pelo Conselho Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais
(CNPCT). No Brasil, existem 28 tipos de povos e comunidades tradicio-
nais oficialmente reconhecidos, como indígenas, quilombolas, caiçaras,
pescadores artesanais, quebradeiras de coco babaçu, caatingueiros,
extrativistas, entre outros.
Eles vivem em diferentes regiões e biomas do país, como o lito-
ral, as florestas, o Cerrado e as áreas urbanas. Eles possuem conhe-
cimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição.
Esses povos e comunidades enfrentam desafios para garantir
seus direitos à terra, à cultura e às políticas públicas, em meio a
conflitos territoriais com fazendeiros, madeireiras e mineradoras.
Eles também sofrem com a discriminação, a violência e a invisibi-
lidade social. Por isso, eles lutam pela demarcação de seus territó-
rios, pelo reconhecimento de sua identidade e pela valorização de
sua cultura.
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